sábado, 15 de abril de 2017

Kim Il Sung, o libertador da Coreia


Na primeira metade do século passado, a Coreia era uma colônia do imperialismo japonês (1905-1945), autor de vários crimes como o massacre de mais de um milhão de pessoas, mobilização compulsória de 8,4 milhões de jovens e adultos para trabalhos forçados e penosos, o sequestro de 200 mil mulheres para servirem de escravas sexuais aos soldados japoneses, o saque de recursos naturais, bens culturais e a imposição de que os coreanos não falassem e nem escrevessem em seu próprio idioma, e que adotassem nomes japoneses.

Em 1925, quando era uma criança de cerca de dez anos, abandonou a pátria com a firme decisão de não voltar a ela quanto não lograsse sua emancipação. E, em outubro do ano seguinte, organizou a União para Derrotar o Imperialismo, composta por comunistas coreanos da nova geração. O nascimento desse grupo, que tinha como tarefas imediatas aniquilar os imperialistas japoneses e lograr a libertação e a independência da Coreia, marcou um novo ponto de partida na luta de libertação nacional.

Em uma conferencia de revolucionários coreanos efetuada em junho de 1930, no nordeste da China, na Manchúria, Kim Il Sung pronunciou o histórico discurso O Caminho a ser seguido pela Revolução Coreana, no qual esclareceu o principio da Ideia Juche, e apresentou a linha da luta armada antijaponesa baseada na ideia Songun. Sua solene declaração de que a causa da libertação nacional jamais poderia ser conquistada se apoiando em forças estrangeiras, ou através de métodos pacíficos, mas sim através das próprias forças e mediante a luta armada, muniu os revolucionários coreanos com uma poderosa arma ideológica e espiritual. Graças a ele, foi fundado em 25 de abril de 1932 o Exército Popular Revolucionário da Coreia (antecedente do Exército Popular da Coreia), o qual deu maior impulso à luta de libertação do povo coreano.

Kim Il Sung prestou grande atenção a convocar toda a nação à guerra sagrada de libertação e para uni-la com uma só força. Em maio de 1936, criou a Associação para a Restauração da Pátria, com a qual logrou aglutinar sob uma só bandeira todos os setores patrióticos da Coreia, independente de ideias, opiniões políticas, classes ou crenças, na luta de libertação que se converteu numa grande luta patriótica a nível nacional.

A Luta Armada Antijaponesa na Coreia foi um enfrentamento de morte contra o poderoso exército japonês, que havia se aliado com a Alemanha fascista com o objetivo de dominar o mundo. Ao lado grande império japonês, que era incomparavelmente superior do ponto de vista numérico e técnico, a guerrilha coreana não contava com uma retaguarda estatal nem com o apoio de um exército regular. Era, como alardeavam os japoneses naquele tempo, “uma gota d’água no oceano”.  Com todas as desvantagens, o líder Kim Il Sung conseguiu a conduzir à vitória a Luta Armada Antijaponesa, que, segundo ele, duraria três décadas. Sua original ideia militar consistia em que, com o inimigo, numérica, militar e tecnicamente superior, enfrentar-se-ia com superioridade política, estratégica e tática.

Imbuídos com esse pensamento, os membros do EPRC chegaram a se convencer da justeza de sua causa, de possuir o inquebrável espírito de luta e professar uma inflexível ideologia, assim como se criaram estratégias e táticas acertas, com originais métodos de combate, adequados para cada etapa da Luta Armada Antijaponesa.

A definição do líder Kim Il Sung, segundo a qual a guerra guerrilheira é a forma principal de luta de libertação das nações colonizadas, se reveste de especial importância histórica. Foi uma acertada estratégia que possibilitava tomar a iniciativa para derrotar o inimigo com poucos efetivos, mesmo que sem retaguarda estatal ou ajuda do exército regular. Igualmente extraordinárias foram suas medidas para levar a cabo a luta armada, entre elas a combinação das atividades das grandes unidades com pequenas unidades, e com a criação de zonas guerrilheiras com zonas semiguerrilheiras.

Sob a liderança do General Kim Il Sung, que converteu a desgraça em felicidade e a circunstância adversa em favorável, o EPRC causou golpes contundentes contra as tropas japonesas em cada uma das batalhas, até o ponto em que circulavam entre coreanos e japoneses os mitos de que “o EPRC aparece e desaparece de forma misteriosa”, ou que “o General Kim Il Sung utiliza o método de encurtar distâncias”.

O povo coreano enalteceu o General como o sol e libertador da nação. A guerra antijaponesa foi conquistando vitórias, até no dia 15 de agosto foi lograda a completa libertação da Coreia. A partir de então, a Coreia foi libertada do jugo da escravidão colonial, se fez dona de seu próprio destino e empreendeu o caminho amplo da construção de um Estado independente e soberano. A façanha do Presidente Kim Il Sung como libertador da nação será lembrada por todos os tempos pelo povo coreano e outros povos progressistas do mundo.