segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Folha de São Paulo mente sobre a RPDC




No dia 01 de dezembro de 2012 a Folha de São Paulo publicou em seu site uma curiosa notícia sobre a Coreia Popular. Com o título irônico de Coreia do Norte “confirma” a existência de unicórnios o panfleto reacionário dirigido pelo bandido Octávio Frias Filho, comete um verdadeiro atentado contra os leitores do seu jornal divulgando uma flagrante mentira como se fosse verdade.  O mínimo que a Folha de São Paulo deveria fazer, antes de reproduzir acriticamente notícias vindas do exterior, seria apurar suas fontes, no caso, analisar a nota publicada pela Agência de Notícias da Coreia (KCNA) que supostamente teria “confirmado” a existência de unicórnios. Como o compromisso desses manipuladores da opinião pública não é a verdade, mas sim a defesa de seus próprios interesses, nós do Blog de Solidariedade a Coreia Popular fazemos a questão de compartilharmos com os leitores a notícia da KCNA na íntegra:

Pyongyang, 29 de Novembro (KCNA) — Arqueólogos do Instituto de História da Academia de Ciências Sociais da RPDC recentemente confirmaram o covil do unicórnio usado pelo Rei Tongmyong, fundador do Reino de Kokuryo (277 AC - 668 DC).
O covil está localizado a 200 metros do Templo de Yongmyong, na colina de Moran, na cidade de Pyongyang. Uma pedra retangular com as palavras “Covil do Unicórnio” gravadas estão situadas em frente ao covil. Acredita-se que as palavras gravadas datam do período do Reino de Koryô (918 – 1392).
Jo Hui Sung, diretor do Instituto, disse à KCNA:
“Os livros de história da Coreia tratam do unicórnio, que diz-se ter sido usado pelo Rei Tongmyong, e seu covil.
O capítulo Sogyong (Pyongyang) do antigo livro “A História de Koryô” (livro geográfico) diz: O Pavilhão Ulmil fica no topo do monte Kumsu, com o Templo de Yongmyong, um dos oito pontos cênicos de Pyongyang, abaixo dele. O templo servia como um lugar de descanso para o Rei Tongmyong, e lá havia o covil do unicórnio.
O antigo livro “Sinjungdonggukyojisungnam” (Manual Revisado da Geografia Coreana) compilado no Século XVI dizia que há um covil a oeste do Pavilhão Pubyok, no Monte Kumsu.
A descoberta do covil do unicórnio, associado à lenda sobre o Rei Tongmyong, prova que Pyongyang era a capital da Coreia Antiga, bem como do Reino de Koguryô.

Caso queiram conferir a notícia em inglês, diretamente do site oficial da KCNA: http://www.kcna.co.jp/item/2012/201211/news29/20121129-20ee.html

Como os leitores do blog podem reparar em nenhum momento a notícia publicada na KCNA fala sobre a descoberta ou confirmação da existência de unicórnios, ao contrário do que sugere a notícia publicada no site da Folha de São Paulo. O foco da nota é informar a descoberta de um lugar histórico chamado “Covil do Unicórnio”, relatado em diversos livros, que comprovaria que a capital do antigo Reino de Koguryo era Pyongyang. É verdade que segundo as lendas coreanas o Rei Tongmyon, primeiro rei coreanao, cavalgava em um unicórnio e possuía um local com o nome de “Covil do unicórnio”. Afirmar isso significa afirmar que unicórnios existem ou existiram? O episódio é uma excelente demonstração de como atuam os meios de comunicação em nosso país, pretensamente honestos e imparciais, mas que na prática apenas repetem aquilo que é transmitido por outros veículos de comunicação ligados ao imperialismo.

Blog de Solidariedade a Coreia Popular e Centro de Estudos da Ideia Juche Brasil

Em tempo: Em uma rápida busca na internet, verificamos que, além da Folha de São Paulo, outros jornais e portais de notícias do país publicaram a falsa notícia. Como não poderia deixar de ser, panfletos medíocres como a Revista Veja também deram voz a mentira, especialidade do referido panfleto. Segundo os medíocres jornalistas que dirigem o portal de tal publicação, as "ditaduras comunistas" seriam "velhas conhecidas pela fabricação de verdades históricas". Depois de terem sido desmascarados pelo Blog, chega a ser engraçado ler comentários como esse. Fica comprovado, mais uma vez, que a chamada "grande imprensa" não possui nada de livre e seu papel limita-se a manipular a grande maioria do povo com notícias inventadas.