sábado, 1 de setembro de 2012

Discurso do presidente Kim Yong Nam no XVI Encontro do Movimento dos Não-Alinhados

Kim Yong Nam, presidente da junta governamental da Assembleia Popular Suprema da RPDC,
junto ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejhad


Kim Yong Nam, presidente da junta governamental da Assembleia Popular Suprema da RPDC, fez um discurso no XVI Encontro do Movimento dos Não-Alinhados em 30 de agosto. Sob autorização, ele expressou profunda gratidão aos chefes e representantes de estados e governos membros do Movimento dos Não-Alinhados, por expressarem profundas condolências pelo falecimento de Kim Jong Il, grande líder do povo coreano. Continuou:

“Tendo o Marechal Kim Jong Un como líder supremo de nosso Partido, do Estado e do Exército, o povo coreano luta agora pela construção de uma próspera e poderosa nação socialista. Kim Jong Un rejeita todos os tipos de dominação e subjugação com uma política independente e abre um novo capítulo no desenvolvimento de relações com países que são amigáveis com a RPDC, independente do passado que tiveram.

O Movimento dos Não-Alinhados emergiu como uma poderosa força política que incentiva a ideia da construção de um novo mundo pacífico e independente. O Presidente Kim Il Sung deu grande importância ao Movimento dos Não-Alinhados, e fez grandes contribuições para seu fortalecimento e desenvolvimento.

Os tempos passaram e as gerações mudaram. Contudo, a causa histórica do Movimento permanece não cumprida; devemos continuar a lutar para fazer com que as ideias e objetivos do Movimento se tornem realidade. A situação de hoje demanda que o Movimento dos Não-Alinhados fortaleça sua posição e papel como uma força política que represente os interesses dos países em desenvolvimento.

A delegação da RPDC acredita que este encontro deve focar nas seguintes questões, para que entre em ressonância com a complicada situação internacional:

Primeiro: os países membros do Movimento dos Não-Alinhados devem dar prioridade à luta para salvaguardar a soberania, que a ideia básica do Movimento. A principal tarefa para defender a soberania no atual momento é prevenir e rechaçar a arbitrariedade, a interferência em assuntos internos de outros países, e o uso de armas pelos EUA e países ocidentais. Os atos de hostilidade contra a soberania, de interferências em assuntos internos e de mudanças de regime em países Não-Alinhados, sob o pretexto de “antiterrorismo”, “intervenção humanitária” ou de “assegurar a paz” não podem justificados, e as sanções e pressões contra países como Irã e Síria devem acabar. O Movimento dos Não-Alinhados deve tomar medidas ativas e enérgicas para a proteção da soberania como principal tarefa, guiando-se pelos princípios da Declaração de Havana e da Declaração de Sharm El-Sheikh, adotadas em encontros passados.

Segundo: os países membros do Movimento dos Não-Alinhados devem valorizar e priorizar a unidade – que deve servir como princípio do movimento – e trabalhar duro para pô-la em prática. A história do Movimento dos Não-Alinhados demonstra que a unidade leva à vitória, enquanto a divisão causa fracassos. Pode haver diferenças de visões e fricções entre países membros, porém devem focar em tomar ações coletivas, pondo as discordâncias de lado e buscando um consenso, fortalecendo dessa maneira o apoio mútuo e a solidariedade, encorajando a unidade e prevenindo a separação. Os países membros devem lutar ainda mais para defender os interesses do Movimento na arena internacional e para estabelecer uma justa ordem política e econômica internacionais, através da reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança.

Nos dias de hoje, a Península Coreana está se tornando o principal foco de confrontos no mundo, onde a escalada de tensões ocorre de maneira repetida e uma guerra pode acontecer a qualquer momento, devido à persistente política hostil dos Estados Unidos contra a RPDC. Nesse exato momento, os Estados Unidos está realizando exercícios militares conjuntos de agressão, Ulji Freedom Guardian, tendo como alvo a RPDC, e que estão levando a situação da península à beira de uma guerra, alardeando uma histeria de guerra contra o norte.

A situação da península mostra que nós estávamos absolutamente certos em escolher o caminho da Política Songun e aumentar nossa capacidade de autodefesa.

As autoridades sul-coreanas, obcecadas com a confrontação contra os próprios compatriotas, estão servindo como ponta de lança para a política hostil dos EUA para com a RPDC, visando agravar as tensões na Península Coreana. As autoridades sul-coreanas jogaram sal nas feridas de nosso povo, que sofreu a maior perda nacional com a morte do dirigente Kim Jong Il, e cometeu enormes crimes insultando nossa liderança suprema, levando as relações intercoreanas à pior fase. Elas nunca serão capazes de evitar seu próprio fim trágico.

O governo da RPDC juntará mãos com qualquer um que apoiar sinceramente a reunificação do país, assim como a paz e a prosperidade da nação, e fará esforços responsáveis e perseverantes para realizar a causa histórica da reunificação do país.

Nosso povo, que tem como objetivo a construção de um próspero e poderoso país socialista, valoriza a paz. Contudo, valoriza a dignidade e soberania nacionais ainda mais do que a paz. Nosso povo expressou gratidão aos países membros do Movimento por estenderem apoio invariável para os esforços de nosso povo em salvaguardar a paz e a estabilidade na Península coreana, assim como por conquistar a reunificação independente do país. O povo coreano expressou a convicção e a demanda pela continuação do apoio e da solidariedade no futuro, também.

O governo da RPDC para todos os esforços possíveis para fortalecer e desenvolver o Movimento dos Não-Alinhados, mantendo os princípios de sua política externa – independência, amizade e paz.”