quarta-feira, 6 de junho de 2012

Derrubemos o Imperialismo - Kim Il Sung

Por conta de uma maior demanda por parte dos leitores em conhecer a literatura comunista coreana e em entender melhor o que é a Ideia Juche, nos próximos meses a equipe da página Solidariedade à Coreia Popular estará publicando as principais obras escritas pelo Presidente Kim Il Sung e pelo Dirigente Kim Jong Il, assim como as obras recém-escritas pelo líder máximo da RPD da Coreia, o camarada Kim Jong Un. Antes da publicação de cada obra, faremos uma breve nota de introdução, explicando o contexto em que a obra foi escrita e tirando conclusões acerca da mesma. Começaremos publicando a primeira obra conhecida escrita pelo Presidente Kim Il Sung, “Derrubemos o Imperialismo", discurso inaugural da União para Derrotar o Imperialismo.

 Nota introdutória

A situação da Coreia, no início do século XX, era de uma sociedade de caráter colonial e semi-feudal. Após a ocupação do país pelo imperialismo japonês, em 1910, a Coreia corria o risco de deixar de existir enquanto nação por conta da proibição do uso do idioma coreano e de sua cultura. Na economia, todos setores estratégicos, as indústrias, os portos, a mineração etc. estavam sob o controle do Japão. Na agricultura, os latifundiários japoneses ou coreanos pró-japoneses estabeleciam explorações atrasadas, de tipo semi-feudal, e exportavam grãos para o Japão em detrimento do mercado interno.

Em face desse contexto, nascem os primeiros movimentos nacionalistas e revolucionários na Coreia. O Exército de Independência, nascido também no começo do século, seguia a cabo suas atividades sob a bandeira da salvação nacional através da luta armada. Em 1925, é fundado o Partido Comunista da Coreia.

O Presidente Kim Il Sung, até então bastante jovem, não demorou em notar as claras limitações que apresentavam tanto o movimento nacionalista quanto o movimento comunista na Coreia. O Exército de Independência, nacionalista, que não possuía uma base ideológica e nem conhecia que caminho e qual método de luta deveria ser empregado para conquistar a independência do país, caracterizava-se pela completa dispersão de seus quadros e por métodos pequenos e ineficientes para conquistar a independência do país. Muitos membros do movimento nacionalista defendiam a conquista da independência do país se apoiando em forças estrangeiras, acreditando que a não-violência das massas e as meras “petições” fariam o país independente. Outros nacionalistas defendiam a restauração da monarquia após a independência da Coreia – opinião essa que Kim Il Sung caracterizou como incorreta, por conta de não garantir a felicidade para o povo e deixar o poder na mão de uma minoria abastada.

O Partido Comunista da Coreia, que nasceu em 1925, é dissolvido apenas três anos depois, em 1928. Por conta de tendências esquerdistas e sectárias que dominavam o então o PC da Coreia, que não dava prioridade ao engajamento no movimento de massas e em dar às massas o posto dirigente da Revolução, mas sim a rixas internas para o mero reconhecimento do Partido por parte da III Internacional, e também por motivo da repressão do imperialismo japonês contra os comunistas, em 1928 ele deixa oficialmente de existir.

Kim Il Sung, fazendo um balanço dos erros e das lições que deveriam ser extraídas em face das limitações apresentadas, estabelece o princípio de que o caminho a ser seguido pelo movimento de independência da Coreia deve ser o caminho marxista, e que a derrubada do imperialismo japonês deve ser obra de um enorme movimento de massas, que envolva enormes setores da população, e não de um pequeno grupo de pessoas contaminadas pelo messianismo.

Precocemente, sendo um jovem contando com apenas 14 anos de idade, Kim Il Sung funda em 17 de outubro de 1926 a União para Derrotar o Imperialismo, e leva a cabo uma luta de princípios contra o sectarismo, contra os falsos comunistas, contra o nacionalismo e estabelece o marxismo como ideia diretriz da Revolução Coreana.

Centro de Estudos da Ideia Juche - Brasil